Com a Revolução Industrial na Inglaterra, vieram também as revoltas trabalhistas e os direitos do trabalhador, adaptações necessárias a época no intuito de regulamentar as inovações da sociedade. Hodiernamente, no Brasil, com a chegada da economia colaborativa, o país se vê obrigado a adaptar suas leis perante seus principais fatores, ainda mais impactantes devido ao cenário de crise, a concorrência desleal e a falta de regulamentação dos serviços. Desde 2014, quando o Uber começou a ganhar espaço no Brasil, a praticidade gerada por ele a seus usuários era surpreendente. O aplicativo era capaz de oferecer um serviço de qualidade, com rapidez e um preço considerado baixo, o usuário poderia ainda ler uma prévia para conhecer um pouco do motorista. No entanto, os motoristas do aplicativo “tomavam” o lugar dos taxistas na economia, que se viam injustiçados e prejudicados na perda de sua clientela para uma concorrência desleal. Ademais, os serviços atuais da economia colaborativa geraram debates intrigantes sobre como os regulamentar. Devido ao fato de seus impactos serem diferentes a cada cidade, são necessárias leis flexíveis, além deles não se encaixarem na legislação brasileira já existente, o que torna inerente a criação de novas leis. Logo, visando a prática da democracia brasileira, o Ministério do trabalho deve agir separadamente cada cidade, estudando os impactos dos principais agentes fornecedores de serviço da economia colaborativa no município e criando leis orgânicas que os tributem de maneira separada. Somente visando as diferenças de cada serviço e usando o princípio de equidade, a legislação brasileira poderá agir de forma justa diante dessas inovações, e talvez não cometa tamanhas injustiças como as que ocorreram com os trabalhadores ingleses durante a revolução.