Título da redação:

Realidade econômica sem utopismo

Tema de redação: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 09/06/2018

No livro do médico e filósofo John Locke, '' Segundo Tratado sobre o Governo '', ele cita diretamente como a falta de flexibilidade burocrática do governo deflagra o direito natural do homem com relação ao comercio e trabalho. Contudo, semelhantemente, na sociedade brasileira moderna, tais fatos são visíveis a medida que existe uma forte carga tributária sobre os serviços individuais e forte regulamentação dos serviços prestados por empresas privadas, o que a longo prazo criou desemprego e grande dificuldade do surgimento de empresas e industrias. O que fez inúmeros cidadãos recorrerem a métodos alternativos de renda como os serviços privados , caseiros e a divisão de seus próprios bens segundo o princípio da economia colaborativa inglesa. Refletindo sobre o contexto nacional histórico, o Estado monárquico de D. Pedro II criou a ''Tarifa Aves Branco'' na intenção de fomentar o avanço comercial nacional, porém por taxar artigos importados em até 60% o que aconteceu na verdade foi a criação de monopólios de produtos e serviços locais que tinham alto custo, entretanto menor do que os importados. Por isso, deve-se aprender com o passado e não cometer mais tais mazelas ,sendo assim, diminuir as taxações internacionais dos produtos estrangeiros e nacionais facilitando a competição e o livre mercado para que os preços sejam menores, rentáveis e geradores de emprego, para que o epicentro de divisibilidade de bens não seja o único recurso do cidadão para suprir suas necessidades. A economia colaborativa não deve ser o único meio de avanço e equidade econômica, Milton Friedman, no seu livro ''Capitalismo e liberdade'', faz uma crítica ao centralismo econômico do governo americano ao contrapor o discurso presidencial de John Kennedy que dizia:'' o que você pode deveria fazer pelo seu país'', e que na opinião de Milton deveria ser: ''o que nós podemos fazer pelo nosso país para que ele se desenvolva economicamente''. O Brasil vem passando por uma forte intervenção governamental na economia, que ocasionou altas cargas tributárias como a super-regulamentação da escoação de produtos pelos portos e altos impostos nos transportes rodoviários interestaduais, que assim, dificultam o comercio brasileiro em toda sua esfera. Sendo assim, existe a necessidade da descentralização do poder decisório econômico do governo e a desburocratização dos transportes no Brasil para inserção de novos meios comerciais, e não o pensamento utópico que somente divisão e trocas dos seus pertences pelos cidadãos será suficiente para melhorar o país economicamente. Logo assim, se nota que parte do desemprego nacional e falta de oportunidades para os cidadãos de inserção em mercados já existentes ocorrem pela hiper-regulamentação, intervencionismo no mercado e altos impostos pelo Governo e que divisibilidade de bens é degradante frente aos reais problemas do país. Portanto, os deputados estaduais e municipais devem se reunir e buscar formas de diminuição dos impostos para escoação de produtos, fim das altas taxações que favorecem monopólios comerciais, incentivo da criação de empresas e industrias para geração de emprego e equidade sobre a taxação de impostos sobre todos os serviços. Assim, será gerado um país mais meritocrático e igualitário.