O Estado brasileiro é adepto ao modelo econômico capitalista que visa a obtenção do lucro através do acúmulo de capital e, na ânsia de se atingir este objetivo, manifestam-se estigmas ambientais, sociais e políticos que, somados, culminaram no atual cenário da crise brasileira. Em meio deste contexto caótico, a economia compartilhada funciona como um remédio que age diretamente sobre a finalidade capitalista, instaurando nas ideias dos consumidores brasileiros que mais importante do que adquirir o produto é poder utilizar o serviço que ele desempenha sem a necessidade de tê-lo para si, contribuindo para formação de uma sociedade mais sustentável e equilibrada. A economia colaborativa associada principalmente a tecnologia tenta por meio da integração social combater os estigmas causados pelo capitalismo. Por meio da criação de aplicativos e sítios eletrônicos que buscam facilitar essa interação, pessoas físicas e jurídicas têm se auxiliado na realização de suas metas. Uma das mais populares amostras que surgiram desta economia foi o aplicativo Uber que oferece ao consumidor que não possui carro, habilitação ou apenas não quer dirigir a possibilidade de se locomover por um preço mais acessível e de forma mais confortável. Esta nova economia possibilita ao cidadão brasileiro a oportunidade de adquirir novas experiências através de trocas comerciais onde os dois lados da negociação são favorecidos e, ainda, pode contribuir para uma forma de vida mais sustentável utilizando algo que outra pessoa pode oferecer ao invés de adquirir um objeto ou serviço que, em muitos casos, será utilizado pouquíssimas vezes, evitando a degradação do meio ambiente pela indústria de massa. O Brasil ao aderir a esse sistema colaborativo faz com que a sua sociedade se torne mais unida, usufruidora de uma tecnologia que as serve e não que as comanda, aliena. O povo passa a pensar no coletivo, e o pilar da democracia que preza pela igualdade se fortifica. Isso não significa abandonar o capitalismo e sim aprimorá-lo, mostrando que é possível aumentar o lucro quando ao invés de adquirir o produto o ideal é oferecer o seu em troca do que precisa, algo que já foi muito comum a um tempo atrás quando o escambo era intensamente praticado no Brasil Colônia e também dentre outros povos, dando um verdadeiro sentido ao ditado “às vezes é necessário dar um passo para trás, para dar dois para frente. Dessarte, a mídia brasileira é a principal influenciadora social e por meio desta as vantagens da economia colaborativa devem ser divulgas, através de propagandas de cunho sustentável e até no enredo de novelas. O Ministério da Educação deve aplicar nos colégios um sistema de reutilização de materiais escolares visando a sustentabilidade e de reforço escolar entre os alunos, onde um possa ensinar o outro, dessa forma, desde pequenos, os futuros cidadão já terão aprendido a importância da preservação ambiental e da colaboração social. Ademais, cabe a cada um aprimorar o seu capitalismo pessoal, ou seja, o seu anseio consumista, sempre se perguntando se é necessário adquirir algo novo quando já existe alguém que lhe pode oferecer.