Título da redação:

Acesso X posse

Proposta: Os impactos da economia colaborativa no cenário de crise econômica do Brasil

Redação enviada em 16/10/2018

No século XIX, de acordo com o Karl Marx, um dos grandes males da sociedade capitalista era a posse de bens de produção. Isso, pois aqueles que os detinham, a burguesia, usavam do seu monopólio para explorar a força de trabalho do proletariado. Atualmente, apesar de esse capitalismo exploratório, ainda, se manter, existem alternativas a ele. A título de exemplo, tem-se a economia colaborativa (também conhecida como compartilhada ou em rede), que, embora precise de certos ajustes, nos últimos anos, se tornou um excelente empreendimento e vem ganhando grande espaço no cenário econômico brasileiro. O capitalismo exploratório, ao qual Marx se refere, é baseado na produção em larga escala, que sempre afeta direta ou indiretamente a natureza. À vista disso, pode-se inferir que esse capitalismo está relacionado a diversos problemas ambientais. Inclusive, o efeito estufa, que é acelerado pelo gás dióxido de carbono, que aumentou, substancialmente, desde o início da produção em massa. Fato comprovado, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), segundo a qual, na Revolução Industrial, o gás dióxido de carbono tinha uma concentração de 278 ppm (partes por milhão) e, hoje em dia, ele representa 400 ppm. Em contrapartida a esse capitalismo, tem-se a economia colaborativa, que, ao invés de prezar pela “posse” e pelo lucro a todo custo, valoriza o acesso aos bens e serviços com um baixo custo, por meio da colaboração dos indivíduos. Dessa forma, as pessoas têm acesso ao que necessitam sem ter que comprar algo novo, o que diminui a produção de novas mercadorias e, consequentemente, os gastos dos consumidores e a exploração da natureza. Depreende-se, portanto, que a economia colaborativa é uma ótima alternativa ao antigo capitalismo, que explora muito tanto a sociedade quanto o meio ambiente. Entretanto, ela, ainda, não foi regulada. Logo, é necessário que o Legislativo, após uma análise de uma junta de economistas, nomeados pelo Governo Federal, crie um conjunto de leis específicas para serviços em rede. Essas leis devem exigir, entre outras coisas: restituições ao consumidor, caso o produto ou serviço não seja condizente com o oferecido; verificações dos usurários e dos fornecedores, garantindo a segurança de todos. Além disso, nessas leis não podem constar altas tributações do governo, pois isso desestimularia a economia compartilhada.