A má distribuição de renda está por traz das principais mazelas da atualidade afetando a vida de um indivíduo nas mais diversas áreas, inclusive no comportamento escolar. Nesse ambiente, a violência encontra, além daquele, vários fatores que a estimulam, por um lado, alunos desmotivados; por outro a gestão defasada do sistema de ensino. A corrente psicológica de Maslow defende o princípio que, para se chegar a um estado de autoestima e motivação, o indivíduo precisa ter, primordialmente, satisfeitas suas necessidades mais básicas, tais como alimentação e segurança. Contudo, para a maioria dos estudantes, essas condições não são atendidas, o que ocasiona um quadro de desestimulação, revolta que, por muitas vezes, desencadeia o comportamento violento. Para Aristóteles, a política deve ser usada de forma que venha a proporcionar um equilíbrio social. Entretanto, esse princípio não é atendido no contexto escolar, pois, por conta dos problemas de gestão pública e corrupção, os profissionais da educação não são bem pagos nem tem acesso à infraestrutura necessária ao bom ensino. Tal desarranjo acaba sendo mais um fator que propicia a violência escolar e esvai os profissionais da educação de meios para mitigá-la. A falta de condições básicas de vida e a má administração dos recursos educacionais favorecem o crescimento da violência no ambiente estudantil. Portanto, demanda-se, do Poder Legislativo, a criação de leis que aumentem os impostos aos mais abastados e que façam com que esses recursos se revertam em ações afirmativas que visem diminuir a desigualdade e garantir atenção às necessidades básicas dos estudantes. Cabe ao Ministério da Educação destinar mais recursos aos salários dos professores da rede pública e aumentar o acesso destes a tecnologias que proporcionem uma aprendizagem mais motivadora aos alunos.