Desde a instituição das escolas, elas são vistas como locais agregadores e de refúgio, onde as mazelas da sociedade não adentram os muros. Ou, pelo menos, não deveriam. Fato é que, atualmente, essa não é a realidade das instituições de ensino brasileiras, já que a criminalidade e a violência tem feito professores e alunos reféns em salas de aula, públicas ou privadas de todo o país. Com a entrada expressiva da mulher no mercado de trabalho, a necessidade de qualificação profissional cada vez maior e as novas demandas sociais, a criação dos filhos se tornou algo secundário e delegado a terceiros. Reflexo disso, foi a deteorização de valores sociais como: o respeito e a autoridade, princípios básicos para o funcionamento de uma sala de aula. Atrelado à isso, está a desvalorização do ensino na sociedade brasileira onde professores são mal remunerados, cursos de licenciatura são fechados por falta de interesse e não há condições mínimas de trabalho nas escolas que atendem noventa por cento da população. Este cenário é o estopim pois proporciona a sensação de impunidade e que se aplica, tanto aos ricos, quanto aos pobres. É possível observar a insegurança, por parte de professores e alunos, que não sabem como agir diante de tanta violência que deixou de ser um problema de segurança pública e se tornou um problema de saúde pública dada a gravidade das sequelas por ela deixadas. Diante de um futuro educacional tão incerto, é necessário unir forças para banir atos violentos dentro das escolas. A família deve se atentar para a situação escolar dos alunos, orientando e corrigindo, tanto os que sofrem a agressão, quanto ao que pratica. As instituições de ensino e o governo devem se juntar para promover campanhas de orientação, coerção e punição à quem praticar tais atos. Somente assim, a escola poderá exercer o seu papel histórico em segurança.