Por violência entende-se qualquer constrangimento físico e/ou moral exercido sobre outrem. Em suas diversas formas, contudo, nenhuma deve ser compatível com o ambiente escolar, por excelência, lugar de aprendizado e socialização. Decerto, a crescente onda de violência que assola as escolas envolve uma série de fatores, acabando por denigrir o real significado destes espaços. Primeiramente, a agressividade de alunos para com professores, e para com outros estudantes, é reflexo de uma má educação que vem de casa. Seja porque nos núcleos familiares atuais, há um desrespeito dos pais à autoridade do professor, e um afrouxamento moral diante das atitudes dos filhos. Ou ainda por uma constante violência doméstica, física e psicológica, que assola as famílias brasileiras, levando os pequenos à reproduzi-la como mecanismo de defesa, desrespeitando professores e oprimindo através do bullying. Ademais, é notório que a crescente brutalidade nas salas de aula também deriva da violência das ruas. Ou seja, tanto pelo aumento da criminalidade, a chamada sociabilidade violenta, e pela expansão do tráfico, quanto como reflexo de uma sociedade cada vez mais intolerante ao diferente, a escola torna-se um espaço de intolerância, discriminação e desrespeito. Logo, ao se fazer cada vez mais marcante em meio à cadernos e livros, a violência retira da escola sua função primordial de respeito, ensino e cidadania, e portanto, deve ser arduamente combatida. Os colégios poderiam promover palestras educativas para pais e alunos sobre depredação, bullying e respeito às diferenças, assim como promover canais para maior diálogo entre pais e professores. Além disso, poderia haver maior presença dos conselhos tutelares nos meios domésticos e mais campanhas midiáticas sobre o tema. Afinal de contas, violência só é combatida através do diálogo.