A escola, que deveria proporcionar aos seus alunos um ambiente que estimulasse o diálogo, o respeito e a racionalidade, transformou-se em um lugar violento, no qual a intolerância e o desrespeito são constantes. Com isso, jestos obscenos, brigas entre alunos e ameaças a professores se tornaram situações recorrentes. A violência escolar é um problema inadmissível e está intrisecamente ligada a impunibilidade dos alunos e a intolerância quanto as diferenças. Apesar da existência de regras que proibem veemente qualquer tipo de violência ou preconceito no ambiente escolar, eles ainda estão presentes devido a falta de mecanismos que punam efetivamente os alunos. A Lei Seca, por exemplo, só foi efetivamente cumprida pelos cidadãos quando houve um aumento da fiscalização e a aplicação de multas severas aos infratores. Os centros educacionais são ambientes heterogêneos, nos quais convivem, diariamente, pessoas de diferentes culturas, ideologias e comportamentos. Essa diversidade, no entanto, estimula o aparecimento de ações violentas e preconceituosas que, na sua maioria, são oriundas da própria sociedade. Se analisada sob a ótica do sociólogo Émile Durkheim, essa intolerância se tornou um fato social coercitivo, generalista e externo as pessoas. Percebe-se, portanto, que a violência nas escolas está intimamente ligada a dificuldades de colocar as leis em prática e de conviver com as diferenças. Por isso, torna-se necessário que o Governo Federal aumente a fiscalização nas escolas e implante punições que promovam a educação e a reflexão dos alunos, como a prestação de serviços comunitários. Além disso, é fundamental que os pais ensinem seus filhos, desde a mais tenra idade, a valorizar e a respeitar as diversidades.