A Constituição vigente no Brasil, promulgada em 1988, garante a educação básica a todos. Desse modo, a maioria dos brasileiros frequenta o ambiente escolar em algum momento de suas vidas, que deveria ser um período pacífico e de aprendizado. Contudo, nota-se uma crescente violência nas escolas ao longo dos últimos anos. São diversos casos noticiados nos meios de comunicação que evidenciam violências morais e físicas entre alunos e professores ou somente entre alunos. Esses fatos invertem o objetivo e os valores do ambiente escolar. O processo de aquisição de conhecimento torna-se penoso e repressivo para ambas as partes (educador e aluno); a escola, que deveria propor uma troca intelectual prazerosa, transforma-se num cenário de troca de ofensas e disseminação de ódio. Sendo assim, os fatores motivadores dessas agressividades podem estar implícitos num problema nacional maior. É possível que a violência escolar tenha sua origem na distribuição desigual de renda entre a população brasileira. Por conseguinte a essa desigualdade, há uma exclusão social que gera entre alunos uma rivalização e um sentimento de ódio. Ademais, devido à situação degradante do ensino público, as camadas sociais menos favorecidas financeiramente são negadas de sua cidadania, gerando revoltas e sentimentos agressivos. Nessas condições, é fundamental a participação do Estado, de modo que ele garanta o direito de todos os brasileiros, investindo ostensivamente no melhoramento da situação educacional público e incentivando a harmonia dentro das escolas por meio de campanhas. Além disso, a sociedade pode denunciar relatos de violência e propagar ideais pacifistas por meio das redes sociais. Em síntese, o aprendizado é direito de todos os indivíduos e é dever do Estado garanti-lo. Da mesma forma, ele deve agir incisivamente sobre a sociedade a fim de sanar a desigualdade social, que é causadora da violência escolar. Por fim, a escola deve promover um ambiente em que a aprendizagem seja harmoniosa, e não no qual haja repressão e ofensas.