É possível afirmar, tendo em vista as manchetes dos principais veículos de informação que houve uma intensificação nos fatores que motivam a violência de alunos contra professores nas escolas de ensino fundamental e médio, não só pela influência da era digital, mas também, pelo descaso com valores como o próprio respeito ao ser humano. Relativo aos avanços tecnológicos que permitem a proliferação de notícias, vídeos e conversas através de sites de alta visualização a exemplo do Facebook, alunos acabam por vezes tendo acesso a estes e contemplando atos violentos praticados por outros jovens contra seus próprios mestres, isto contribui de forma negativa na formação da personalidade destas crianças e adolescentes e em ultima análise no aumento da prática violenta contra os docentes. Dados da Secretaria Estadual de Educação de São Paulo sustentam tal premissa ao mostrar que no ano de 2014, a cada dois dias um professor sofria algum tipo de violência nas escolas estaduais. Em paralelo, o respeito tão preconizado em gerações anteriores sofre frente aos paradigmas liberalistas do mundo globalizado, onde o distanciamento das relações humanas diretas cedem para a forma seca da interação virtual, o que gera uma transição nas formas de comunicação e faz muitos discentes perderem a sensibilidade e a estima pelos educadores, o que diante de qualquer motivo trivial pode contribuir para o aumento de práticas desumanas destes em contraposição aos orientadores. Portanto, diante do retrato cruel da realidade que adquire manchas ultrajantes por conta da falta de bloqueio a certos conteúdos que os jovens acessam, é necessária uma intervenção desde o seio familiar até políticas públicas que resgatem os preceitos respeitosos.Assim como, enérgicos cortes em específicos materiais que depreciam a formação dos estudantes dessa esfera, do contrário, cada vez mais serão frequentes nos noticiários essa problemática vergonhosa das salas de aula.