Título da redação:

Ferro Líquido

Proposta: Os fatores motivadores da violência escolar

Redação enviada em 26/10/2017

Segundo Jean Paul Sartre, a violência, seja qual for a maneira como a ela se manifesta, será sempre uma derrota. Nesse sentido, a violência nas instituições de ensino fere não somente princípios ético e morais, mas também constitucionais estabelecidos pela Carta Magna do país. Outrossim, suas consequências são múltiplas e seu desencadeamento se dá pela falta de educação em casa. Portanto, a dimensão atual reflete um cenário desafiador seja pela necessidade de transformação do retrato, seja pela necessidade de ação do governo. No universo do jogo “GTA”, a violência é recompensada por ganho de habilidades, bonificações e “XP”, porém fora das telas atos de cunho degradante vão de encontro aos direitos humanos em vários aspectos como dignidade. Nessa linha de raciocínio, pode-se destacar o desestímulo dos professores e comprometimento do aprender como as principais sequelas desse contexto. Ademais, o culto ao vilipêndio sob o ponto de vista psicológico é igualmente perigoso, por se tratar de um fator o qual pode desencadear baixa autoestima e até mesmo depressão. Além disso, de acordo com Yuval Noah Harari, autor do best-seller “Sapiens”, enquanto crianças somos como ferro líquido: passíveis de moldagem para então se solidificar. Sob tal ótica, é indubitável a participação dos pais no processo de formação do caráter da criança. Por outro lado, devido a fragmentação de atitudes familiares consideradas autoritárias, assim como afirma Richard Sennett em seu livro “A Corrosão do Caráter”, muitos jovens crescem sem suporte moral adequado. Nessa condição, os pais devem ser instruídos. Por fim, depreende-se que a violência nas escolas brasileiras, no cenário hordieno, coíbe o aprendizado efetivo e promove a aplicação de práticas as quais transgridam direitos afirmados na constituição. Destarte, cabe ao governo, na figura do Ministério da Educação, em parceria com empresas educacionais, instruir os pais na formação dos filhos. No projeto, os pais devem ser convidados para conversas com a sessão pedagógica da instituição de ensino por intermédio de cartilhas. As conversas devem ser periódicas de maneira a guiar os pais em suas atitudes. Dessa maneira, o índice de violência escolar será atenuado.