A violência escolar deve ser encarada não só como um problema educacional, mas também social, uma vez que podemos apontar como fatores motivacionais o preconceito e a falta de educação familiar. Há registros de violência escolar desde 1990, mas, notoriamente, o número de casos aumentou a partir de 2000 que, com as ações afirmativas do governo, ampliou o espaço de negros e pobres nas salas de aula. Embora tenha sido uma grande conquista, outro problema foi criado: o preconceito e a exclusão interna. Cerca de 50% dos violentados moral e fisicamente nas escolas são negros e pobres. A outra parte refere-se à opção sexual, religião, desempenho escolar, estrutura familiar ou características físicas como peso e estatura. Outro fator indicativo para impulsionar o comportamento violento, especialmente das crianças, é o exemplo recebido em casa. A educação familiar é muito importante para um bom desenvolvimento pessoal e cognitivo. Somado a isso, alguns jovens usam a violência como forma de consolo ou desabafo perante um problema familiar ou fracasso. Sendo um problema social é, portanto, necessário que haja uma cooperação entre o tripé família, escola e sociedade. A família deve procurar manter o diálogo e a harmonia dentro de casa e sempre estar atento às mudanças de comportamento da criança ou adolescente. Além disso, a escola pode contribuir aumentando o debate sobre o problema através de palestras e incentivar a família a melhorar o acompanhamento do filho dentro da instituição de ensino. A sociedade, por sua vez, tem o papel de quebrar paradigmas que fundamentam, em algumas situações, a violência escolar.