Após a 2ª Guerra Mundial, várias potências econômicas foram destruídas pela brutalidade do conflito. Viu-se formar, no período pós-guerra, a Velha Ordem Mundial, na qual dois polos econômicos – antagônicos entre si – buscavam estabelecer sua hegemonia no planisfério: para tal, tanto os EUA quanto a URSS, incentivaram a implantação de ditaduras – fascistas e comunistas – em suas regiões de influência. Paralelamente a esse cenário de extremismos, verificou-se o aumento da violência das escolas, que tem sido motivada tanto pelos pais – mesmo que inconscientemente – quanto pelo capitalismo. Em primeiro lugar, é imprescindível analisar a mudança comportamental dos pais. Dotados de memórias de torturas relacionadas ao período de ditaduras que vivenciaram, analisa-se uma maior permissividade fraternal na hora destes criarem seus filhos, com o intuito de não fazer seus herdeiros passarem pela mesma situação de repressão. Contudo, os filhos passam a serem educados desacostumados com ações contrárias às suas. Somado a isso, o fato de, na adolescência, os níveis de seratonina – hormônio vinculado ao bem-estar – baixarem, fazem com que os jovens se alterem mais facilmente quando contrariados: situação que pode ser verificada nas escolas, onde o número de adolescentes é maior, culminando no aumento da violência escolar Além disso, da mesma forma que os pais liberais atuam no processo, o liberalismo econômico também motiva a violência dentro das escolas. Devido ao aumento da concorrência no mercado e a procura por novos empregos, as escolas tem investido menos tempo nos ensinos de valores de respeito e de convivência em grupo, com o intuito de preparar seus alunos para o vestibular. Nesse cenário, porém, os adolescentes tornam-se cada vez mais individualistas e, com isso, desrespeitam mais seus colegas através da violência dentro do ambiente de estudos. Outrossim, a globalização – outra nuance do liberalismo econômico – motiva as agressões no local rodeado por lousas pois, os jovens, com o objetivo de ganhar mais “status” entre seus amigos, brigam com seus colegas de classe para compartilhar nas redes sociais. Fica claro, portanto, que o excesso de permissividade fraternal, atreladas as faces perversas do capitalismo, pode gerar péssimos frutos. Para que a violência escolar não se torna uma delas, é necessário que a família, no curto prazo, passe a estabelecer mais regras dentro de casa e que, além disso, ensine seus filhos a respeitarem tais regras dentro da escola. Somado a isso, as escolas podem promover assembleias e reuniões com seus alunos sobre o respeito ao próximo. No longo prazo, o Governo pode preparar melhor seus professores para a nova realidade na escola, através de cursos que os ensinem a lidar com comportamentos agressivos dos alunos – pois só assim a escola não se tornará palco de uma nova guerra.