A violência escolar é motivada por fatores sociais. Isso se evidencia pela ineficiência do poder público em proteger os seus cidadãos em consonância à desigualdade socioeconômica vivida pelos estudantes. Dois fenômenos que fomentam o aumento das agressões na sociedade, sobretudo, no âmbito educacional. Agressões físicas e morais são rotinas dentro das escolas no Brasil. Essas práticas são favorecidas pela falta de policiamento e facilidade dos alunos em adquirir armas, drogas e bebidas alcoólicas. De acordo com Thomas Hobbes, o Estado tem o dever de proteger os indivíduos, garantindo o bem comum. Essa teoria é uma realidade distante no país, visto que a ausência de proteção, aliada ao uso de álcool e entorpecentes é comum nas instituições de ensino e favorecem a violência. Outrossim, as diferenças socioeconômicas são formas de violência simbólica que acometem vários indivíduos da sociedade. Para Rousseau, o homem é o produto do meio em que vive, ou seja, o homem nasce bom, entretanto, a sociedade o corrompe ao impor uma desigualdade. Nesse aspecto, as diferenças sociais no Brasil induzem à hostilidade nas escolas, uma vez que alguns alunos sabem que não terão as mesmas oportunidades de trabalho, ensino e saúde que pessoas mais favorecidas. Diante desse cenário, as agressões nas redes de ensino se tornam uma forma de revidar as falhas de um sistema injusto. Dessa forma, a falta de proteção associada à desigualdade social favorece ao aumento da violência nas escolas. Para mudar essa realidade o poder público deve aumentar o investimento na segurança e levar mais policiamento próximo das áreas de ensino, além disso, deve-se restringir a venda de bebidas alcoólicas para menores de idade. Ademais, o terceiro setor pode atuar nas periferias e levar aos jovens a arte, o esporte, o ensino profissionalizante e línguas estrangeiras a fim de tirar pessoas da criminalidade e dar melhores condições de vida a todos da região de atuação. De certo, não findará as exclusões sociais e a violência, mas são ações que podem trazer mudanças significativas para alunos e professores tanto de redes públicas quanto do ensino particular.