É comum ver-se no Brasil casos de violência em locais onde a educação deveria imperar. Umas dessas instâncias é a escola, na qual cotidianamente ocorre todo tipo de violência tanto entre alunos quanto entre alunos e professores. Sendo assim, os fatores que geram tal violência geralmente estão ligados à formação do subconsciente individual e da consciência coletiva do agressor. Diante desse quadro, vale ressaltar a tese sobre o subconsciente individual do psicanalista Freud. Segundo ele o aparelho psíquico, responsável por controlar as ações pessoais, é formado por três instâncias das quais uma delas é o superego, no qual estão os valores morais de condutas geralmente construídos por limites impostos pela família. Todavia, quando uma pessoa tem regras de conduta distorcidas ela externa mais facilmente seus instintos mais primitivos. Dessa forma, o ambiente escolar com seus respectivos atritos sociais podem levar um aluno a agir de forma impulsiva e violenta. Ademais, os valores do meio social expostos na tese sobre a consciência coletiva do sociólogo Durkheim, também podem ser considerados um dos fatores da violência escolar. Assim sendo, a infeliz valorização social do agressor faz com que outros ajam da mesma forma a fim de ter o mesmo prestígio. Ou seja, tudo vale por poucos minutos nos quais o agressor é o centro das atenções, ou algum tipo de efêmero respeito e temor dos demais. O bullying, as brigas por motivos fúteis e outros tipos de violência físicas e morais no ambiente escolar podem ser entendidas pela tese de Durkheim. Com isso, é possível afirmar que fatores individuais e coletivos constroem um agressor. Portanto, para reduzir a violência escolar cabe à família como pioneira na educação socializar o indivíduo impondo-lhe regras de conduta moral desde a primeira infância. Cabe à escola, por sua vez, desvalorizar todo tipo de violência, ofertando apoio para a reeducação por meio de educadores e psicólogos, bem como punindo todo agressor com suspensões ou até mesmo expulsões em casos extremos, a fim de que nenhuma violência saia impune.