As discussões entre alunos ou entre professor e estudante tornou-se uma problemática em todo o Brasil. Esses conflitos, que em alguns casos resultam em agressões físicas é resultado de vários motivos, entre eles: rivalidade entre alunos, nota baixa dada pelo professor, preconceito e bullying. As violências praticadas pelos agressores retratam o atual cenário da escola pública brasileira e também mostram a utilização das redes sociais para disseminação do ódio. Segundo Max Weber – o pai da sociologia alemã -, a violência não tem justificativa, caso não seja feita por órgãos competentes (Exército e polícia). Todavia, esse pensamento contrasta com as atitudes de jovens descontrolados que buscam se impor diante dos seus colegas de classe. O caso de agressão entre duas estudantes no estado do Pará que ficou conhecido como “Já acabou, Jéssica?”, em 2015, “viralizou” - tornou-se popular - nas redes sociais por iniciativa da agressora que buscava status na sua escola e fama no mundo virtual. Dessa forma, o uso inconsciente da internet para proliferação de vídeos de brigas e discussões serve de incentivo a outros adolescentes a praticar tal ato. Além da influência da internet que é utilizada pelos jovens para exibição dos vídeos de violência, está a escola sucateada que contribui para a instabilidade emocional no meio escolar. Essa situação infortuna é retratada na música do cantor Gabriel Pensador – chega -, que indaga as autoridades públicas a respeito da “esmola” recebida pelos professores e da escola desestruturada para os alunos. Tais fatores servem de impulso para um mal-estar entre os alunos e os professores, pois o ambiente escolar não oferece suporte básico para o aprendizado do estudante, como laboratórios de química e biologia, biblioteca para estudo e oportunidades para a prática esportiva (não apenas de futebol/futsal). Fica claro, portanto, que o descaso do poder público com a educação e a má utilização das redes sociais servem de alicerce para a violência nas escolas. Diante disso, as diretorias das escolas devem agir em conjunto com o governo para identificar os autores de vídeos que incentivam à violência e puni-los conforme o regimento escolar. Sendo assim, a escola precisa integrar os pais no ambiente escolar, através de palestras para informar sobre a violência no meio escolar e ainda informá-los sobre a situação do filho.