Alunos agredindo alunos. Alunos agredindo professores. Ambas as situações muito comuns em escolas no Brasil, principalmente em escolar públicas, que tem como causa diversas características individuais e sociais, como a família e a cultura. De acordo com os cientistas comportamentais Skinner e Sidman, a punição é o estímulo consequente a um comportamento que diminui a probabilidade desse comportamento ocorrer novamente. Não obstante, esses mesmos cientistas descobriram efeitos negativos na punição, como o aumento na probabilidade de comportamentos antissociais e agressivos. Também alertaram que a punição se encontra muito presente na sociedade, na forma de pobreza, desigualdade, segregação, “surra dos pais”, entre outros. Assim, definindo o que é a punição, é possível observar que nos locais onde há maior índice de violência escolar é onde há uma maior concentração de estímulos punitivos (ou aversivos): Escolas públicas situadas em periferias, onde a pobreza, o consumo de drogas e a violência doméstica fazem parte do dia a dia de todas as crianças e adolescentes. Assim, novamente, o problema está relacionado à desigualdade, à pobreza e, mais generalizadamente, à punição (no caso específico das escolas públicas em periferias, em outros casos pode haver outros motivos). Portanto, é necessário que as autoridades atuem nessas áreas. O Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome pode, por exemplo, aumentar a verba de programas sociais já existentes, como o Bolsa Família e o Pronatec, promovendo auxílio monetário e educação profissionalizante para as famílias mais necessitadas, diminuindo a intensidade dos estímulos punitivos. Também é importante que o Ministério da Educação e da Cultura coloque como disciplina obrigatória no ensino médio a psicologia comportamental, para que os adolescentes cresçam compreendendo mais sobre si e sobre os outros, tornando-se, assim, mais tolerantes, empáticos e filantropos.