Os casos de violência escolar envolvendo ataques de alunos a professores e entre alunos vêm se tornando cada vez mais frequentes nos últimos anos. As agressões vão de verbais a físicas ou ameaças, culminando em homicídios em alguns casos. A escalada assustadora da violência escolar é amparada em diversos fatores como, por exemplo, a necessidade dos agressores em demonstrar superioridade frente aos colegas e de se tornarem destaque em noticiários e em redes sociais ou, simplesmente, por descordarem dos métodos de avaliação ou posicionamentos dos professores. É importante destacar que este problema possui raízes profundas, sendo estas: a falta de estrutura e educação familiar e a crescente pobreza de várias famílias que vivem em condições precárias. É sabido que vários alunos agressores são oriundos deste contexto social. Ademais, a escalada da violência escolar tem tornado várias escolas em um ambiente aterrorizante. Vários professores não conseguem conviver com tanta violência e ameaças, e acabam se sucumbindo por falta de condições de trabalho e por falta de garantia de segurança por parte do Estado. Várias famílias são levadas a retirarem seus filhos da escola por temerem por suas vidas. Como se percebe, os danos decorrentes dos episódios de violência escolar são complexos e se alastram pela sociedade, que acaba sendo penalizada no futuro por atos inconsequentes de jovens bandidos oriundos do contexto da violência escolar. Este terrível problema deve ser seriamente enfrentado pelo poder público e pela sociedade no âmbito escolar. Ao governo cabe a implementação de programas sociais de alcance familiar para a melhoria da renda e das condições de vida das famílias que sobrevivem em condições indignas. Cabe também garantir a segurança dos professores que lecionam e de alunos que estudam em locais que possuem histórico de agressões, através de policiamento ostensivo nas proximidades das escolas e dentro delas quando necessário. Às escolas cabe encarar a situação em duas frentes. Primeiramente, promovendo uma integração das famílias e alunos dentro do ambiente escolar através da realização de eventos, como oficinas e palestras sobre o tema, a fim de se criar uma consciência do problema. A segunda frente é o estabelecimento de punições aos agressores, compreendendo desde a suspensão temporária até, em casos mais graves, o desligamento definitivo dos agressores. O ato punitivo é algo necessário em qualquer âmbito da sociedade regido por regras, para que seja enviada a mensagem aos infratores de que lhes implicarão as consequências de seus atos.