Título da redação:

Redação sem título.

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 29/08/2017

Conforme o filósofo Pierre Nouy, não existe outra via para a solidariedade humana senão o respeito pela dignidade de cada um. Analogamente, doar sangue é uma generosidade que garante a saúde e consequentemente a integridade das pessoas. Referente ao Brasil, esse ato encontra empecilhos, dos quais destacam-se reduzido investimento político e uma burocracia ilógica. Em primeiro lugar, vale apontar as mínimas ações do Estado no combate à situação. É fato que o Ministério da Saúde, a fim de aumentar os litros de sangue nos postos, alterou a idade mínima de 18 para 16 e a máxima de 67 para 69, mas essa mudança foi pouco eficaz. De acordo com dados nacionais, apenas 1,8% da população doa, permitindo concluir a carência de intervenções motivacionais. Como defendeu o escritor José Saramago, é preciso sair da ilha para ver a ilha. Igualmente, as publicidades governamentais podem criar campanhas altruístas, sensibilizando os indivíduos. Além dos limitados recursos mobilizadores, ainda existem preceitos equivocados que impedem a doação. Com o discurso de proteção as doenças, o Brasil possui uma lei a qual proíbe de doar, gays sexualmente ativos em menos de um ano. Com isso, desperdiçou-se 18 milhões de bolsas de sangue, segundo o site Super Interessante. Embora haja um tempo entre a manifestação dos microorganismos prejudiciais e a resposta imunológica, indicadora dos exames, esse período é entre 14 e 30 dias, contradizendo os 12 meses de intervalo imposto. Ademais, tanto homossexuais quanto heterossexuais são transmissores de enfermidades e podem omitir informações durante as entrevistas. Então, confirma-se que a restrição dessa categoria não é justificável e pode ter sido definida preconceituosamente. Fica evidente, portanto, a falta de eficientes ações administrativas e a importância delas para superar os obstáculos na doação de sangue no Brasil. Por isso, a Receita Federal pode descontar alguns impostos dos contribuintes que são doadores à medida das condições do país. Juntamente, o Ministério das Comunicações, deve fundar um programa televisivo constante, informando as bonificações de quem doa e mostrando a realidade de hospitais e dos necessitados, com o propósito de induzir as pessoas. Por fim, o Ministério da Saúde deve revogar a lei que impede os homossexuais e, com cientistas, investir em melhores tecnologias de análise do sangue.