Doar sangue é um ato altruísta que pode salvar um enorme contingente de vidas. De acordo com a ONU, o ideal seria que 3% da população de um país fossem doadores . Não obstante,ao que tange à questão do Brasil,o país enfrenta diversos empasses que corroboram dificultando esse exercício de solidariedade, seja pelo desconhecimento do assunto, seja por proibições excludentes e descriminatórias. Em análise inicial,é indubitável que a falta informações da sociedade impulsiona à problemática. Segundo Naura Farias, chefe de atendimento ao doador do Hemorio , a doação de sangue no Brasil ainda é cercada de "mitos''. Nesse viés, fica clara a falta de investimento em campanhas de doação, visto que muitas pessoas continuam crendo que doar sangue irá lhe trazer malefícios, como engordar ou contrair doenças, quando na verdade a crença a esses estigmas só potencializa o entrave. Prejudicando assim àqueles que necessitam de sangue. Outrossim,algumas normas estabelecidas impedem potenciais doadores de efetuar essa ação, a exemplo os homossexuais do sexo masculino. Para OMS, cidadãos que praticam relações homoafetivas se encaixam no "grupo de risco''.Contudo, esse pré-requisito que exclui e discrimina essa minoria tem que ser desconsiderado, haja vista que o fato a ser observado deveria ser a saúde do individuo e não sua orientação sexual. Infere-se, portanto, que medidas são cabíveis para superar os obstáculos que impedem a doação de sangue no Brasil.Torna-se imperativo que a mídia e as escolas com o auxílio do Ministério da saúde, devem promover palestras e oficinas de debates ministradas por profissionais da saúde, a fim de esclarecer as dúvidas da população sobre o tema. Paralelamente, o Governo Federal deve flexibilizar tal lei que exclui os homossexuais e junto aos estados e municípios deve investir nos hemocentros para que analisem caso por caso a qualidade de cada sangue. Ademais, OGNs podem distribuir, para as pessoas nas ruas, cartilhas de conscientização sobre a importância de ser um doador.