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Redação sem título.

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 27/08/2017

Dados indicam que o brasileiro não é assim tão solidário quando o assunto é doação de sangue. Segundo a OMS, o Brasil está abaixo da meta estipulada pela Organização, isto é, menos de 3% da população apta a doar sangue realmente doa, algo em torno de 1,8%. Diante disso, percebe-se que existem alguns obstáculos que afastam potenciais colaboradores desse ato humanitário. A célebre frase "Doe sangue, salve vidas" nos dá a possibilidade exclusiva de ajudar ao próximo. Exclusiva porque ainda não há, até hoje, como se produzir sangue artificial em laboratórios, ou seja, a chance de se salvar vidas reside em nós. Porém, fatos como o medo de se contaminar durante uma transfusão, o desconhecimento acerca da importância em literalmente se doar e a falsa percepção de que não há carência de sangue disponível, para uso em casos de emergência, ou de que ingenuamente jamais se precisará receber sangue de terceiros, criam dificuldades para que o índice da OMS (3%) seja atingido. Desse modo, é notório que uma maior divulgação na mídia televisiva acerca do processo de doação de sangue poderia desmitificar essas dificuldades mencionadas. Além disso, a fim de criar esse hábito na população, iniciativas como a campanha "Junho Vermelho", que tem por objetivo fomentar a doação sanguínea sangue durante o inverno, quando há uma redução nos estoques e um crescimento na demanda, criada em 2014 pelo movimento "Eu Dou Sangue", é uma excelente ferramenta de conscientização e cooptação para o processo. Outro fator que impede um número maior de doadores é a pequena quantidade de pontos de coleta. Contar com apenas 500 deles, em um País com quase 200 milhões de pessoas traz péssimas consequências, tal como: a baixa quantidade de sangue disponível na maioria das vezes, pois muitas cidades não possui local para coletar ou, nesses locais, não há lugar para armazenar, caso haja uma alta demanda. Nesse caso, somente a conscientização em massa não seria a melhor solução, ter-se-ia que haver um ação de infraestrutura governamental para propiciar mais locais para coleta, bem como equipamentos para o serviço. Portanto, para diminuir os empecilhos da doação de sangue do País, é necessário um misto entre conscientização e infraestrutura. Preventivamente, movimentos – como o "Eu Dou Sangue" – deveriam divulgar mais seus propósitos em mídias sociais. Uma maneira simples e efetiva seria criar grupos em Whatsapp ou Telegram. Esse grupos divulgariam semanalmente as ações do movimento e, de modo implícito, já estariam incentivando seus membros a doar. Reativamente, é necessária a ingerência estatal para criação de mais pontos de coleta. Esses pontos seriam precedidos de estudo do Ministério da Saúde, tendo - por premissa - a missão de não deixar nenhum cidadão a mais de 50 km das estruturas de coleta construídas ou alugadas.