O Brasil possui pouco mais de duzentos milhões de habitantes, porém mesmo sendo um país com uma população “cordial”, como diz Sérgio Buarque de Holanda em seu livro Raízes do Brasil, o brasileiro peca muito em relação à empatia ao semelhante, pois apenas 1,8% da população são doadores de sangue. Segundo dados da O.N.U. o Brasil doa proporcionalmente menos do que outros países da América Latina, como Argentina, Uruguai ou Cuba, apesar de coletar o maior volume em termos absolutos. Então quando falamos de barreiras à doação de sangue no Brasil, percebemos que a falta de informações, crença em mitos como: “doar sangue engorda” ou até que vão pegar alguma doença infecciosa, problemas estruturais e até uma herança cultural, acabam tornando-se empecilho para as doações. Portanto ao analisarmos a herança cultural de outros países que possuem médias dentro dos parâmetros da O.N.U. podemos perceber que a grande maioria envolveu-se em guerras ou passaram por grandes catástrofes naturais, como é o caso dos Estados Unidos da América e Japão, portanto foi um dos fatores que desenvolveram em sua sociedade uma compreensão da importância da doação de sangue. Pelo exposto, vimos que se faz necessário a aplicação de medidas para resolução dos problemas. Desta maneira, os poderes públicos junto ao Ministério da Saúde deveriam intensificar a utilização de recursos midiáticos, como TV, Rádio e internet na divulgação de campanhas de doação de sangue. E também direcionar investimentos na construção de novos pontos de doação, em escolas e shoppings, assim resultando em mais vida salvas.