Título da redação:

os desafios para alcançar a taxa ideal

Tema de redação: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 10/01/2019

Somente 1,8% da população brasileira doam sangue, estando longe, dessa forma, da taxa ideal da ONU, que é de 3% a 5%. Dentre os fatores que dificultam o alcance dessa média desejável estão: o fenômeno da liquidez das relações na sociedade moderna e a falta de uma educação conscientizadora. A princípio, vê-se que, só, 6 a cada 10 brasileiros doam voluntariamente, segundo o Datafolha, e dentre eles há um percentual que pratica esse ato para obter vantagens pessoais, como dias de folga. Diante desse dado, é possível observar a influencia da liquidez das relações, objeto de estudo do sociólogo Zygmunt Bauman, nas práticas de doação, uma vez que o individualismo, consequência da sociedade de consumo em que se vive, torna os laços afetivos mais frágeis e dificulta a capacidade de se colocar no lugar do outro, e, assim, prejudica a realização desse ato solidário. Ademais, além da fragilidade das relações, há uma falta de conscientização sobre o tema, que permite a propagação de mitos, os quais estigmatizam a doação, por exemplo, a ideia de que quando se doa uma vez tem que doar sempre ou a de que se contraem doenças através dela. Tal problemática deve-se a “educação bancária”, termo criado por Paulo Freire para designar o ensino brasileiro, no qual se predomina o “depósito” de conteúdos acadêmicos nos estudantes ao invés de interligá-los com a realidade, falando sobre doação, por exemplo, e assim conscientizaria a população. A taxa de doação de sangue no Brasil esta abaixo da ideal proposta pela ONU, portanto a ação conjunta do Ministério da Saúde e da Educação torna-se indispensável para promover a conscientização da sociedade, por meio de debates nas escolas sobre o assunto , em aulas relacionadas com a temática como Ciências e Biologia, a fim de formas cidadãos com responsabilidade social real , e, assim, mudar a realidade atual.