Há um filósofo chamado Betinho que diz “Um país não muda pela sua economia, sua política e mesmo pela sua ciência; ele muda pela sua cultura.” Com base nisso pode-se dizer que infelizmente a cultura existente no Brasil é rodeada de pré-julgamentos e de preconceitos antigos, que não fazem jus a sociedade contemporânea. Hoje há uma exponencial parcela da população brasileira que se encaixa na comunidade LGBT. Dentro dessa comunidade existe um grupo considerado como doadores de risco por serem homens homossexuais. Esse fator considerado de risco é decorrente de um vírus conhecido por HIV que teve uma alta abrupta no grupo em décadas passadas. Em consequência disso quase que a suma maioria são proibidos de serem doadores. Em contrapartida existe a outra parcela da população que não é doadora, e que possuem certas inseguranças sobre o procedimento e ou não possuem tanto acesso a esse tipo de informação devido à falta de divulgação. Somente quando os bancos de sangue do país entraram em situação de emergência foi que de fato começaram a fazer a maior mobilização acerca do assunto. Recentemente telejornais como os da Rede Globo começaram a incentivar, divulgar e buscar uma conscientização das pessoas acerca do assunto. Tais manifestações geraram um saldo positivo com uma grande participação da população, aumentando assim os estoques de sangue de todos os tipos sanguíneos, principalmente aqueles mais deficitários como o O positivo e o O negativo. Portanto, é notório que campanhas como essas devem sempre ser feitas, buscando a criatividade para inovar e chamar a atenção do público para o assunto. Essa propagação de informação é de extrema importância tanto para suprimir o déficit negativo como para trazer ciência às pessoas que querem ajudar no ato de solidariedade ao próximo. Além da maior divulgação das localidades dos hemocentros e da segurança da doação tanto para o doador como para o receptor, deve-se a OMS pensar em assegurar e garantir mediante leis os diretos e os deveres dos homossexuais frente a essa discriminação. Como foi citado no primeiro paragrafo, para garantir o avanço de um país deve pensar em sua cultura e em sua segregação, sendo assim um país afundado em preconceito não irá tão cedo progredir para o sucesso de suas ações.