Os empecilhos da doação de sangue no Brasil são fatos pertinentes que dificultam a salvação de vidas, tratamento e pesquisa de doenças. Atribuídos geralmente à falta do conhecimento prévio da segurança, desconfiança das condicionalidades que o doador se propõe e falta de obrigatoriedade justamente por não ser benéfico para si, mas, para outras pessoas que podem ter a saúde e vida preservada, esses obstáculos impedem o avanço do desenvolvimento de alternativas médicas que trariam inúmeros benefícios à população. A falta de estruturas públicas e de médicos competentes pelo país são fatores que agravam a repulsão à doação de sangue e também geram a desconfiança dos cidadãos brasileiros. Caso que se exemplifica, por exemplo, no Rio de Janeiro do período da República Oligárquica, quando a população se negava a tomar a vacina contra a Rubéola por desconfiar e não conhecer os efeitos de sua aplicação, fator apoiado pela falta de conhecimento e elucidação das necessidades médicas em favor popular, o que perpetuava as condições precárias dos moradores da cidade . Esta situação assemelha-se a atual, já que a estrutura hospitalar ainda é precária e a falta de informação continua vigente. A inconsciência dos cidadãos brasileiros é um problema, visto que muitos não doam por não serem beneficiados diretamente ou por não verem resultados imediatos na doação. A cultura moderna é danosa nesse sentido por criar uma mentalidade individualista que não instiga o desejo de ajudar as pessoas sem se privilegiar, o que foge do que era pregado nos anos 70, como na série de TV dos Cavaleiros dos Zodíaco, em que os protagonistas ajudam as pessoas sem querer receber nada em troca, somente o alcance do bem comum. Portanto, é de extrema importância que o governo federal mobilize os governadores, ministros e secretários da saúde para criar projetos de reformas, criação de hospitais e centros de coleta de sangue, trazendo como auxílio através da mídia e das escolas campanhas de incentivo a doação, consciência moral e ajuda ao próximo. Também é importante que a população se mobilize para doar sangue em mutirões para que não se esgotem os estoques sanguíneos hospitalares. Assim será possível minimizar essa problemática, possibilitando avanços médicos na criação de remédios e desenvolvimento de tratamentos de doenças.