Sabe-se que no Brasil a taxa de doadores de sangue chega perto de 1,8%, valor que se distancia dos 3% de população doadora, como consta a recomendação da Organização Mundial da Saúde. Ocorrência que se deve a dificuldade imposta através dos requisitos básicos de doação de sangue e do descaso da sociedade. No Brasil, os requisitos básicos de doação de sangue se fazem rigorosos, porém alguns, desnecessários. Como é o caso dos homossexuais que acabam impedidos de efetuar quaisquer tipo de doação sanguínea caso tenham tido relações sexuais nos últimos 12 meses. Fato que para pessoas heterossexuais não ocorre, embora tenham exposições iguais aos mesmos vírus. A população acaba tendo sua parcela de culpa por não contribuir, persistindo na crença de ser uma ação desfundamentada por nunca terem necessitado de doações sanguíneas antes e ainda por terem medo do próprio processo de coleta. Há uma desinformação da importância dessa contribuição e também de como efetuar tal gesto solidário. Em vista dos argumentos apresentados, acredita-se que o maior empecilho da doação sanguínea no nosso país esteja nos requisitos necessários que se mostram incoerentes e discriminatórios, também na falta de informação por parte da população que se faz leiga no assunto. Acredita-se que a democratização de informações e a criação de requisitos e/ou revisão dos que já existem promovam uma resposta imediata e positiva da população.