Idealmente, segundo a Organização Mundial da Saúde, o número de doadores regulares de sangue deve ser correspondente a no mínimo 3% da população; no entanto, apenas 1,8% da população doa sangue no Brasil. Esse número é preocupante, uma vez que processos cirúrgicos, programados ou não, dependem de sangue para salvar vidas. Esses números são resultantes não apenas do reduzido número de centros de coleta, mas também da falta de consciência do brasileiro. É fácil perceber que existe um número insuficiente de locais para a doação de sangue no Brasil. Hoje, existem 27 hemocentros e 500 centros de coleta, um número bastante inferior as 5570 cidades que fazem parte do território nacional. Fato é que a maioria das pessoas se encontram longe dos centros de doação e por isso não podem colaborar mesmo que estivessem interessadas. Além do reduzido número de locais de doação, o Brasil enfrenta problemas muito mais sérios aos quesitos que se referem as dificuldades de doação de sangue. O principal deles é a falta de consciência dos Brasileiros. Boa parte das pessoas que não doam sangue, cerca de 27%, diz que não doa sangue pois nunca precisaram de doação de sangue, por esse motivo acreditam que não precisam doar. Outros, cerca de 9%, dizem que não doam sangue pelo simples motivo de não se importarem com os outros. Somado a estes ainda existem pessoas que tem medo do processo de doação, mesmo que esse não ofereça nenhum risco, ou simplesmente não entendem a real importância dessa atitude. É possível afirmar, portanto, que a situação sobre a doação de sangue no Brasil é extremamente deficitária. Logo, medidas são necessárias para resolver esse impasse. O Governo Federal deve, através do ministério da saúde, aumentar o número de postos de coleta transformando hospitais espalhados por todo o país em minicentros de coleta, sendo assim as pessoas poderiam doar em lugares próximos a suas casas. Além disso, é extremamente importante conscientizar a população sobre a necessidade de doar. Propagandas televisivas, programas de rádios e, obviamente, palestras nas escolas devem ser meios de propagar a mensagem e mostrar a necessidade de que cada vez mais brasileiros se transformem em doadores voluntários e assim possam ajudar a salvar vidas.