A vida em sociedade é vantajosa para a humanidade, visto que a divisão de tarefas facilita o desenvolvimento e a sobrevivência. Entretanto, a doação de sangue é complexa e precisa ser facilitada para ter mais engajamento do cidadão. Nesse aspecto, cabe analisar como a sociedade contemporânea pode ajudar para que mais indivíduos doem sangue. Em primeiro plano, mais do que sangue, a pessoa doa tempo, que é um recurso escasso da vida urbana. Visto que o doador precisa cumprir vários requisitos de saúde, deslocar-se até o ponto de coleta e repousar após retirado o sangue, é que alguns países recompensam financeiramente os cidadãos que doam sangue. Desse modo, mesmo que o doador se preocupe mais com seu tempo do que com seu compromisso social, a remuneração o incentiva a doar. Ademais, as dinâmicas sociais evoluem conforme o homem cria novas tecnologias. Essa visão evolutiva pode ser percebida no trabalho, onde a presença virtual ganha espaço, em aplicativos que automatizam agendas e controle financeiro, além das redes sociais que ajudam a conexão constante com a família e os amigos. Dessa forma, a dinâmica da doação de sangue pode ser facilitada e atrair mais público com o uso de tecnologias. Portanto, é notório que a urgência temporal da sociedade dificulta o método tradicional de doação de sangue. Nessa perspectiva, cabe aos Ministérios de Saúde, Tecnologia e Comunicação estudarem novos métodos para informar e aproximar o cidadão e o hemocentro. Uma forma é colocando vans de coleta de sangue nos shoppings e firmando parceiras com lojas, com descontos em seus produtos para quem doar sangue. Além disso, o Governo pode sugerir uma lei que remunere financeiramente o doador, afinal, o importante é salvar vidas.