Título da redação:

Além do interesse familiar e empresarial

Proposta: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 28/08/2017

A dificuldade de difundir solidariedade e empatia, bem como a falta de estrutura e incentivo por meio de propagandas e empresas, são fatos que assolam pacientes que necessitam de doação de sangue. Tal fato é evidente quando se olha para os números. Segundo dados de uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1,8% da população brasileira doa sangue enquanto o número próximo do ideal é de 3%. A dificuldade de elevar esta taxa é notória, pois a falta de postos bem difundidos nas cidades, bem como materiais e pessoas qualificadas, são motivos que atrapalham na hora da arrecadação. Embora exista uma lei que determina folga ao funcionário doador de sangue, esta atitude ainda não está bem aceita pelos patrões, pois o baixo incentivo do governo por meio de propagandas e investimentos não demonstra a real carência do caso e, por isso, a liberação de um dia do funcionário não é bem vista pelo empresário. Uma consequência disto, é o baixo índice de doadores. Este número poderia ser maior se houvesse um investimento adequado na área de saúde e as pessoas deixassem de contribuir por interesse familiar e passassem a ser doadores voluntários, do mesmo modo que, se houvesse um ciclo de doação na grade empresarial com rotina de doação e acompanhamento , este índice se elevaria. Sendo assim, existe uma necessidade de intervenção do estado. Portanto, algumas medidas são necessárias para elevar o número de doadores. Uma delas é a regulamentação de desconto de tributos para empresas que contribuírem com o ciclo de doação. Outra é a troca de pontos da carteira de motorista (CNH) por doação de sangue e , junto a isto, uma disseminação maior dos postos a fim de facilitar à arrecadação. Desta forma o número de doadores será maior, mais fácil e contínuo.