Título da redação:

A busca pela vida.

Proposta: Os empecilhos da doação de sangue no Brasil

Redação enviada em 28/08/2017

A saúde pública brasileira ainda é uma grande questão a ser resolvida. Sabe-se, no entanto, que a doação de sangue depende assiduamente da participação da população. Durante a década dos anos 80, ser doador tornou-se apenas um ato voluntário, ou seja, não remunerado. Desde então, o número de doadores de sangue aumentou e o Brasil atingiu a porcentagem de 1,8 por cento. A meta, porém, é quase o dobro. Logo, é evidente que medidas precisam ser tomadas para a resolução dessa problemática. Em um primeiro plano, é válido ressaltar que ainda existem muitas dúvidas no que diz respeito a coleta. Ainda que atualmente seja um assunto em ascensão, há pouca transparência para a grande maioria das pessoas. Sendo assim, é comum ouvir discursos que afirmam que a doação faz mal a saúde ou impeça o doador a ter uma vida normal. A consequência da falta de informação é o afastamento a procura e o desconhecimento da causa. Além disso, existem apenas 27 hemocentros e 500 serviços de coleta no país inteiro. Ou seja, existe uma grande dificuldade ao acesso a esses locais. Por conseguinte, o deslocamento até os grandes centros impossibilita o aumento de doadores. Em um segundo plano, é necessário que haja uma revisão nas exigências para quem se disponibiliza a doar. Para os homossexuais, a doação de sangue ainda é um obstáculo. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), pessoas que pratiquem relações homoafetivas constituem o chamado "grupo de risco", devido ao alto índice do vírus HIV. Entretanto, a orientação não deve ser um quesito para a coleta. Visto que, além de ferir o princípio da isonomia, a doença também é transmitida por heterossexuais. Assim como, é preciso que os direitos de quem doa também sejam mudados. Em alguns estados, como Espírito Santo e Paraná, vigora a determinação de meia entrada em eventos culturais, desde que a pessoa esteja devidamente cadastrada. Em outros estados, a isenção em concursos também é garantida. A busca por esses direitos a nível nacional geraria um impulso, embora evidencie a individualidade das pessoas. Sendo assim, ainda que um grande passo tenha sido dado, a fim de que haja o cumprimento da meta, torna-se imprescindível que existam mudanças. Uma medida que faria grande diferença seria a capacitação, pelo Governo, de unidades de saúde para a coleta, possibilitando um contingente maior de pessoas ao acesso. Além disso, para que haja a conscientização é necessário que centros educacionais promovam palestras convocando pais e filhos. Como também, a utilização da mídia - como em comerciais e novelas - em horários de grande audiência. Ademais, o Governo, em parceria com a OMS deveria alterar as medidas que excluem os homossexuais, garantindo o direito de igualdade e o aumento significante de coletas.