Segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico, apenas 14% das pessoas entre 24 e 64 anos, no Brasil, tiveram acesso ao ensino superior. Sob esse viés, é evidente que não priorizar a educação tem sido um erro histórico do Estado e, por conseguinte, a tecnologia pode auxiliar a tornar esse direito fundamental democrático, na contemporaneidade. À medida que há o advento de mais pessoas profissionalmente capacitadas no mercado de trabalho, a economia é movida a ponto de atenuar as crises, que são múltiplas, sobrepostas e cíclicas, primordialmente devido à falta de investimentos em escolarização, desde a primária até a superior. Em relação a isso, a tecnologia media a educação à distância, a qual é capaz de tornar mais acessível o desenvolvimento da formação profissional. Além disso, há inúmeras plataformas digitais que fornecem vídeo-aulas, materiais didáticos e resumos de conteúdos do ensino fundamental ao médio, de modo a possibilitar o aprendizado efetivo, impossibilitado nas escolas, frequentemente, por conta da carência de um ensino e acompanhamento individualizado ao aluno. No Brasil, problemas de salas de aula lotadas, jornadas duplas de trabalho, com carga horária excessiva, são enfrentados por muitos professores e provocam desgastes em relação à profissão. Dessa maneira, esses profissionais não têm conseguido aperfeiçoar e planejar adequadamente suas aulas, em detrimento da qualidade de ensino. Uma vez que o humanista Erasmo de Roterdã sentenciou: “A primeira fase do saber é amar os nossos professores”, é visível que esse cenário é nefasto à educação. O uso da tecnologia, contudo, pode estimular a imaginação dos alunos, desenvolvendo habilidades e promovendo o engajamento dos estudantes. Com o fim precípuo de concretizar a presença de tecnologias na educação, faz-se necessário, portanto, que o Poder Público destine verba à infraestrutura moderna ideal às salas de aula, visando à visualização de gráficos matemáticos e experimentos científicos. Os professores, por sua vez, devem focar em objetivos de aprendizado específicos, coordenando os conteúdos e desenvolvendo estratégias de avaliação e monitoramento do projeto, para que o pensamento crítico dos infantes seja estimulado. Ademais, profissionais da área da educação pública devem receber salários mais elevados pelo Estado, no intuito de prover o bem-estar deles.