No livro clássico da literatura brasileira, "Memórias Póstumas de Brás Cubas", de Machado de Assis, o pratagonista afirma não querer ter filhos. Isso porque Brás Cubas considera que o Brasil não seja um lugar adequado e merecedor de tal feito. Hodiernamente, a população brasileira vive semelhante desgosto. Isso se deve, dentre outros, ao fato de que há muita impunidade para com criminosos detidos, mostrando, assim, a impotância de se debater e refletir sobre o tema. Em primeiro lugar, deve-se ressaltar a saída temporária de presos garantidas por lei. Segundo o escritor Fiódor Dostoiévski: "O problema de quem aprende a pedir desculpas é pensar que existe crime sem castigo." Isso é o que pode ser observado com o afrouxamento da severidade com que se trata os criminosos no Brasil. A consequência são presos voltando a cometer crimes ao se beneficiarem das saídas provisórias. Por isso, há um debate atual para eliminar essa lei (Lei de Execução Penal, número 7210/1984). Mas, eliminando-a entraríamos em outra questão: a ressocialização dos infratores; que deve ser feita através de uma educação qualificada aos detentos e de alternativas mais eficazes de contato de presos com o mundo fora da cela. Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para resolver o impasse. Dessarte, citando Immanuel Kant: "O ser humano é aquilo que a educação faz dele". Nesse contexto, o Poder Legislativo junto com o Ministério da Educação devem elaborar leis que alterem a forma com que os detentos se ressocializam, tornando eficaz essa tarefa, por meio de leis como: da saída provisória, com acompanhamento policial, à ambientes culturais; teatro, museu, etc. E, também, ONGs podem ministrar palestras de incentivo à educação, através da leitura, dentro dos presídios. Dessa forma, o brasileiro passará a ter muito mais gosto por sua sociedade e deixará de compactuar com as ideias de Brás Cubas.