Quando uma data comemorativa está próxima, a mídia e os meios de comunicação trazem a notícia das saídas temporárias das prisões, alertando a população. Sendo essa uma forma de benefício aos condenados, é preciso analisar as consequências de sua possível extinção. Grande parte da população é contra a liberação dos presos nas datas comemorativas. Se questionados dos motivos, a maioria alega ter medo do que pode acontecer à população com grande quantidade de condenados soltos nas ruas, mesmo com tornozeleiras eletrônicas monitoradas. Têm medo do perigo que isso possa representar à sociedade. Por outro lado, quando analisa-se a parcela da população que têm ao menos um familiar ou conhecido preso, essas pessoas defendem a continuidade do benefício. Esse grupo representa a minoria, onde vemos famílias desestruturadas pelo crime e, como sabemos, minorias não têm voz no Brasil. Com o fim das saídas temporárias, o sofrimento para essas pessoas seria maior e o preso, afastado do convívio familiar, pode tornar-se rancoroso. Assim sendo, o benefício deve continuar a ser um direito do preso. Deve-se mudar os requisitos para se obter as saídas, como incluir a demonstração de arrependimento verdadeiro pelo crime e mostrar que está tornando-se uma pessoa melhor. O Governo Federal junto à Polícia Federal e Militar deve investir no monitoramento dos presos e reforçar a segurança da população nestas datas.