A polêmica sobre as sequelas do ineficiente gerenciamento das águas e recursos energéticos no Brasil vem, na época atual, tomando espaço na sociedade. Consoante observara o ensaísta francês Joseph Joubert, o objetivo da argumentação, ou da discussão, não deve ser a vitória, mas o progresso das ideias. Por conseguinte, a importância de uma análise acerca das causas, efeitos e soluções desse problema gravíssimo é substancial para que haja soluções eficazes e definitivas. É possível afirmar, por meio de estatística fornecida pelo Ministério de Minas e Energia, que aproximadamente 60% da energia consumida no Brasil advém de usinas hidrelétricas. Nesse viés, essa forte dependência das fontes aquáticas cria um gigante obstáculo em tempo de longa estiagem, como vivenciada atualmente. Nesse aspecto, torna-se extremamente complexa a administração de pequenos volumes de água com o objetivo de conciliar sua utilização energética à doméstica e industrial. Diante do exposto, a responsabilidade da gestão hídrica ultrapassa os meandros do poder público. Nessa Ótica, percebe-se o gigante desperdício de água nas torneiras residenciais, industriais e na agropecuária. Desse modo, fica extremamente arriscado o país entrar em colapso energético, como ocorreu no início do século XXI. Destarte, existe o pensamento na sociedade que nosso país é abundante em água doce, estimulando a errônea atitude de exagero em seu consumo. Segundo René Descartes, não existem métodos fáceis para solucionar problemas difíceis. visto isso, cabe ao Poder Executivo Federal, portanto, aumentar ainda mais a diversificação da matriz energética brasileira, como: usinas eólicas, solar, biomassa e quiçá maremotriz a fim da nação adquirir estabilidade energética em momentos de seca. Ademais, a mídia deve conscientizar a população e aos empresários acerca do uso consciente da água, criando o hábito da valorização coletiva desse recurso essencial para manutenção da vida.