Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 02/08/2017

A questão da má gestão dos recursos hídricos no Brasil pode ser entendida sob dois aspectos: pela educação que recebemos desde a infância sobre tais recursos bem como a gestão racional deles no país. Em relação à educação, somos ensinados desde crianças que vivemos em um país tropical, abundante em água, chuvas, rios, que vivemos em um planeta que tem mais água do que terra e que a água possui um ciclo, mantendo-a constante, o que passa a falsa impressão de que ela se renova e, portanto, pode ser desperdiçada, além de aprendermos que quase toda nossa energia elétrica vem das hidrelétricas, gerando, também, a impressão de que nunca teremos escassez de eletricidade. Porém, se esquece de ensinar as diversas variáveis envolvidas no uso da água, como desperdício de água potável na agricultura, poluição de rios - tornando difícil a purificação para consumo e dificultando a evaporação - , aumento populacional com consequente aumento de consumo, desmatamento, efeitos como El niño e El niña, entre outros, fazendo com que os recursos hídricos devam ser pensados estrategicamente, ou seja, através de uma gestão racional de recursos para que tenhamos tanto água como eletricidade sem preocupações. Embora essa cultura de gestão racional no país seja de difícil implantação - devido ao nosso histórico de colônia de exploração da qual só se visava extrair riquezas naturais para enviar para a metrópole e devido à cultura da abundância de recursos - é uma visão que a população procurou, de certa forma, nas últimas eleições, ao votar em candidatos que se denominavam gestores e não políticos, mostrando que, se houver vontade política, teremos uma maior adesão quanto a se evitar práticas ruins de consumo. Assim, como estratégia política para a gestão dos recursos hídricos, o MEC deveria capacitar os professores para passarem uma visão holística sobre a questão da água e seus impactos diretos e indiretos (como a falta de energia), bem como ensinar as crianças sobre a importância do consumo sustentável de água e eletricidade. Já para os adultos, a estratégia a ser adotada por prefeituras e governos estaduais deveria ser acabar com o consumo mínimo das contas de água, taxando-se apenas sobre o que foi consumido - para incentivar o uso racional - e sobretaxando altos consumos. Por fim, o governo federal deveria investir em fontes alternativas de energia como solar e eólica para que não tenhamos apagões nos períodos de estiagem.