O uso dos recursos hídricos como elemento estratégico é algo que vem acontecendo desde a Civilização Mesopotâmica que tinha nos rios Tigres e Eufrates as bases de suas economias. No Brasil atual vivemos a situação de forte dependência da matriz hidrelétrica, pois mais de 80% da energia elétrica consumida provém dessa fonte, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). O nível dos reservatórios do Centro-Sul atingiram nível médio de 18% no ano de 2015, segundo o Ministério de Minas e Energia. Uma crise energética em um setor altamente dependente como o nosso significa também uma crise hídrica e sofrimento humano para aqueles que dependem das água dos rios que alimentam as usinas. Evitar crises hídricas no nosso país significa resguardar a atividade industrial do risco das bandeiras tarifárias que ameaçam essa atividade. E em razão disto, a participação de fontes renováveis como a energia eólica que em 2014 já representava 4,2% da produção nacional, segundo dados do Ministério de Minas e Energia, se torna essencial para a manutenção da cadeia produtiva nacional. Do que foi exposto fica claro, portanto, a necessidade de diversificação da matriz energética nacional com a utilização de outras fontes que não a hidrelétrica. Assim sendo, cabe ao governo por meio do Ministério da Fazenda reduzir tributos sobre as fontes renováveis como a energia eólica que já tem significativa participação na produção nacional. Outrossim, cabe a sociedade a adoção de práticas de hábitos inteligentes de consumo da água que coloquem fim ao desperdício a esse bem hoje tão ameaçada pela ação antrópica.