Durante a década de 1970, o Brasil tornava-se um dos primeiros países do mundo a ter sua matriz energética limpa devido à construção de hidrelétricas. Entretanto, com o avanço do desmatamento, o ciclo da água está sendo alterado e a capacidade de geração dessa usina, também. Nesse sentido é preciso discutir os efeitos da má gestão dos recursos hídricos no setor elétrico brasileiro. Antes de tudo, é necessário analisar as consequências negativas da crise hídrica para a economia do país. Isso ocorre porque, segundo dados da União, cerca de oitenta por cento da energia consumida no Brasil é oriunda das hidrelétricas. Dito isso, fica claro que quando há pouca água nos reservatórios, indústrias, comércios e residências são prejudicados pela diminuição do potencial de geração dessa usina pois há o aumento na conta de luz e possíveis apagões. Dessa forma, é dever de toda sociedade preocupar-se com o avanço do desmatamento e o mau uso do recurso em questão. Além disso, a falta de água pode "sujar" a matriz elétrica nacional. Esse fato se dá, uma vez que que um mecanismo adotado pelo governo, nesse caso, é a maior utilização de termelétricas à carvão para compensar a perda do potencial das hidrelétricas. No entanto, essa alternativa agrava o Efeito Estufa em razão dos gases liberados durante a combustão da matéria-prima, causando o aquecimento global. Assim, o país torna-se mais poluidor, mostrando que é necessário criar modos mais sustentáveis nos casos de escassez. Portanto, é evidente que o mau uso dos recursos hídricos causam efeitos negativos no setor elétrico brasileiro. Por isso, são necessárias medidas capazes de superá-los. A curto prazo, organizações não governamentais devem auxiliar na diminuição do desmatamento, denunciando queimadas e corte de árvores às prefeituras para que esse órgão fiscalize com eficiência e o ciclo da água não seja alterado. Visando os próximos anos, a União deve investir na diversificação da matriz energética nacional por meio da construção de usinas limpas como a eólica e a solar a fim de que se não seja necessário utilizar termelétricas quando ocorra escassez de água. Afinal, será mediante fiscalização e investimentos que a problemática da má gestão hídrica e seus efeitos serão superados.