O Brasil possui um enorme potencial para geração de energia através de fontes renováveis, tais como a energia solar. No entanto, o foco do país tem sido às hidrelétricas, o que tem sobrecarregado o recurso hídrico e – aliado a sua má gestão – tornou-se um problema merecedor de atenção especial, por tratar-se de um recurso fundamental a vida. O nordeste brasileiro possui uma região extremamente propícia para a instalação de fotocélulas – estruturas que absorvem energia luminosa proveniente do sol através das ondas eletromagnéticas e a converte em energia elétrica. O sol é uma fonte inesgotável e limpa, o fator limitante é a ausência de investimento em tecnologia para utilizar essa energia. Se aproveitando dela, os riscos de escassez da água certamente teriam uma queda acentuada. Somado a isso, a má gestão da água no país – não apenas pelo governo, mas também pela população – tem intensificado o problema da sua escassez, mesmo o país dispondo da maior bacia hidrográfica do planeta. Isso é um reflexo dos interesses econômicos se sobrepondo a preservação da natureza, tendo em vista que uma boa gestão desse e de outras fontes renováveis de energia prejudicaria fortemente o mercado de fontes não renováveis, especialmente o petróleo. Fica evidente, portanto, que para reduzir o problema da má gestão do recurso hídrico no setor energético brasileiro, é necessário todo um conjunto de fatores, dos quais faz parte a colaboração mútua entre os setores público e privado, ambos incentivando e investindo em fontes renováveis para geração de energia, visando não sobrecarregar às hidrelétricas. Por fim, o indivíduo tem papel fundamental nesse processo, pois a contribuição da sociedade como um todo só virá quando ele conscientizar-se e fazer uso correto da água individualmente.