As constantes secas, somados ao intenso uso da água em outras setores da sociedade são os grandes motivos causadores que caracterizam a má gestão hídrica do setor presente no país. No entanto, embora a problemática da má gestão da água não seja um problema hodierno, a sociedade está começando a perceber os malefícios de suas consequências na matriz energética. Nesse contexto, questiona-se se o governo será capaz de lidar com essa questão, que se mostra complexa. É importante pontuar que as secas presentes no país não têm como único fator a ausência de chuvas, mas também por ser composto por um encanamento antigo, permite a perda de uma grande quantidade de água até que se chegue no local, diminuindo ainda mais a capacidade de agua para uso energético. Outro fator é a quantidade de água utilizada para irrigação no setor agropecuário e seu uso no industrial, que se somados juntos chegam a 92% do total de utilização, fazendo que a porcentagem de água para uso doméstico quase irrisório, o que não deve ser usado como desculpa para o desperdício. Esse motivo evidencia a necessidade de uma reformulação do uso hídrico nos outros setores, para que melhore a condição energética do Brasil. Relacionado também à problemática está o grande consumo de água por parte da população, no qual população carece de uma conscientização para economizar a água, diminuindo, progressivamente, os reservatórios. A falta de políticas públicas em relação à economia de água no país é insuficiente ou, muitas vezes, inexistente. Desse modo, crises hídricas e energéticas terão crescimento exponencial e continuo na sociedade brasileira. Dessa forma, visando melhorar a gestão hídrica energética no país, as ações do terceiro setor e do governo federal são necessárias. O terceiro setor –composto por indivíduos que buscam se organizar para obter melhorias para a sociedade- deve, por meio de palestras e grupos de discussão, evidenciar a necessidade de economizar água, ensinando-os pequenos hábitos para essa ação. Ademais, o governo, através de impostos recolhidos pela receita federal, deve reestruturar quase todo encanamento brasileiro, já que sua origem é na maioria de séculos passados, afim de diminuir a vazão e desperdiçar água. Por fim, o poder legislativo deve reformular leis que façam os setores primários e secundários economizarem e reaproveitarem um pouco da água antes utilizada.