Título da redação:

Má Gestão Hídrica

Proposta: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 02/09/2017

Com a urbanização e o contexto capitalista, surgem as mais diversas necessidades hídricas inseridas no setor industrial, comercial, doméstico e energético. Sendo assim, o último deles é responsável por vários crimes ambientais que são, muitas vezes, mascarados por se tratar de um monopólio extremamente rentável aos provedores. Desse modo, a má gestão hídrica no setor energético afeta diretamente a natureza, causando danos irreparáveis, tanto à fauna, quanto à flora, logo, prejudicando também a vida humana. O setor energético no contexto hídrico consiste, entre outros, em utilizar a água na transformação de energia mecânica em elétrica nas usinas hidrelétricas. Dessa forma, a problemática começa a ser caracterizada na construção das geradoras, já que existe desmatamento da flora e ainda haverá grande risco de danos à bacia hídrica cujo mata ciliar está sendo desfeita. Nesse sentido, os danos são amplificados no contexto da atualidade que precisa, urgentemente, promover políticas de racionamento, pois, de acordo com a ANA, Agencia Nacional de Água, 47% da população mundial passará por dificuldades de escassez a partir do ano de 2030. Outrossim, a água ainda entra no ciclo de geração das usinas nucleares. Continuando nesse sentido, os reatores atingem temperaturas extremamente altas e precisam ser resfriados para evitar que ocorram explosões como as do acidente catastrófico de Chernobyl, é então quando a água é requisitada pela sua alta capacidade calorífica, o que acontece é a transferência da energia térmica dos reatores para o condutor, no caso, o H2O. Ademais, esse elemento aquecido é despejado nos rios, sem nenhum cuidado, o que acaba matando a fauna existente, tanto por choque térmico, quanto pela diminuição da quantidade de oxigênio dissolvido no ambiente. Em suma, podem ser observados vários problemas causados em virtude da má gestão hídrica no setor energético. Portanto, o IBAMA, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, precisa proibir, sobre pena de multa e detenção, o despejo direto de água quente nos rios, devendo os responsáveis pelas usinas nucleares desenvolver sistemas de resfriamentos, como tanques de descanso para que a água atinja temperatura ambiente, evitando a morte da fauna hidrográfica. Além do mais, a ANA tem o dever de agir em prol da preservação dos rios, lagos e lagoas, para evitar seus extermínios, assim, o órgão deve unir-se à população para executar manifestações pedindo a proibição do desmatamento para instalação de hidrelétrica, visando preservar a saúde de todos os seres vivos dependentes desse recurso.