Título da redação:

Fontes de energia: os diamantes a serem lapidados

Proposta: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 31/08/2017

Somando-se os fatores água, relevo acidentado e regime de chuvas orientado pelo clima úmido, é inquestionável o destaque brasileiro no quesito de produção de energia renovável, principalmente de origem hídrica, promovendo por volta de 80% da energia do país; dados que superam, inclusive, índices de países desenvolvidos, que apresentam cerca de 13% de sua produção energética de cunho renovável. Contudo, apesar das estatísticas, episódios de apagões elétricos, como o ocorrido no Distrito Federal, em 2016, são ocasionalmente relatados no país devido a falhas na administração de recursos hídricos e energéticos. Configurada como um dos maiores obstáculos à resolução do problema da utilização dos recursos hídricos, a sua má gestão ocorre tanto por parte da população, quanto do Estado. O uso irracional da água em atividades domésticas, tais como o ato de deixar torneiras abertas durante processos higiênicos e lavar veículos e calçadas sem necessidade, juntamente com a falta de infraestrutura das usinas hidrelétricas, ocasionando enorme volume hídrico extraviado durante a formação das represas, haja vista que devem ser construídas em locais adequados visando à potencialização da produção e redução de impactos ambientais, são fatores que intensificam o quadro de crise hídrica no cenário brasileiro, bem como de falhas energéticas. Simultaneamente, o infausto aproveitamento do potencial energético brasileiro em outras fontes renováveis contribui para o agravamento de situações nas quais há falta de energia, causando impactos diretos à população e à própria economia local, uma vez que a questão energética é o principal fator motivador na propulsão do desenvolvimento de uma determinada região - fenômeno observado no processo de fortalecimento econômico de diversas potências, como Estados Unidos e China, alicerçados no petróleo e carvão mineral, respectivamente. Embora, como no ocorrido no Distrito Federal, o país consiga soluções momentaneamente eficazes, elas englobam apenas os efeitos e não as causas propriamente ditas. Sendo assim, é mister a função do governo federal em incentivar e investir na produção de energia oriunda de outras fontes, tais como a eólica e a solar, utilizando-se de estudos para definir os locais mais adequados para suas instalações, obtendo, assim, o maior aproveitamento de cada fonte em determinada região, evitando desfalques energéticos e a consequente possibilidade de estoque de energia. Ademais, cabe à mídia, mediante distribuição de panfletos informativos e palestras com ambientalistas, voltadas ao grande público, simultaneamente com anúncios exibidos nos grandes veículos de comunicação de massa, intentando informar à população a sua grande contribuição para com a crise hídrica no país, tal qual, as pequenas atitudes que diariamente podem ser corrigidas em prol da preservação desse recurso tão essencial.