Título da redação:

Evapora a ação

Tema de redação: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 09/09/2017

Tales de Mileto, filósofo pré-socrático, considerou que a água formava todas as coisas, sendo assim, era nítida a importância dada a esse recurso. No cenário brasileiro, a água passou a ser coadjuvante, posto o descaso no gerenciamento de tal. Logo, permeiam questionamentos quanto às matrizes energéticas serem restritas, bem como a distribuição heterogênea dessa dádiva. De enfoque dianteiro, as hidrelétricas são os pilares centrais da distribuição energética no país. Nessa conjuntura, ao sobrecarregar essa fonte para abastecer todo o Brasil, esquece-se, entretanto, as possibilidades fornecidas por outras energias em potencial. Inclusive, é comum que após a energia elétrica gerada na usina de Itaipu, que faz divisa entre brasil e Paraguai, seja comprada 25% da produção destinada ao Paraguai. Contudo, tais gastos são desnecessários, visto que a energia eólica e solar, assim como outras hidrelétricas que podem ser criadas, supririam facilmente a demanda elétrica do país. Outrossim, a prioridade das gestões no direcionamento das águas ainda é a agricultura. Sob esse viés, 70% da água é direcionada para irrigações, 20% para indústria e 10% para o uso doméstico, segundo a ONU. À vista disso, a crescente agricultura intensiva nacional demanda muito uso de água, algo que interfere diretamente na energia do país. Somado a isso, o manejo irracional pela população diminui constantemente o índice nos reservatórios. Por conseguinte, em meses de baixa dos rios, principalmente no verão em que os níveis de evaporação são maiores que o de precipitação, é frequente as quedas de energia e o aumento do preço, à medida que possui menos água nos rios a produção fica mais cara. Em suma, o Brasil sendo maior proprietário das águas adequadas para energia, deve ser reestruturada a dinâmica hídrica nacional. Portanto, faz-se impreterível que o Ministério da ciência tecnologia e inovação destine parte de suas verbas ao desenvolvimento de energias renováveis em território brasileiro, por meio das Universidades Federais que gerencie pesquisas no campo da inovação energética, com o intuito de minimizar a dependência das hidrelétricas. Ademais, é impostergável que o Ministério da agricultura em parceria com o MCTI crie novas tecnologias para diminuir o uso de águas nas plantações, implementando leis que fiscalizem o agricultor que ultrapasse o limite estabelecido, para que assim seja economizada as águas.