Título da redação:

Em nome dos rios, dos mares e das bacias hidrográficas. Amém.

Proposta: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 04/08/2017

Por volta do ano 10.000 a.C., o homem deixou de ser nômade e formou as primeiras civilizações. Desde então, ao dominar a agricultura e pecuária, passou a compreender a importância do armazenamento e distribuição de água. Conforme passaram os anos, as vilas se tornaram cidades, estados, países... e, hodiernamente, a gestão de água para o contingente populacional é um problema. Segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), o Brasil tem a maior reserva mundial de água limpa. Entretanto, essa água é direcionada para vários setores, tais quais: energético, agrônomo e consumo doméstico. Com a má distribuição desse aporte, mais de 3% dos brasileiros sofrem cotidianamente com as consequências da falta desse recurso, sobretudo em interiores. Ademais, por ter uma população de mais de 200 milhões de cidadãos, o Brasil necessita de mais energia que a média mundial preconiza. Desse volume de energia produzida, 80% advém de usinas hidrelétricas. Essas, ainda que eficientes, provocam impactos ambientais devastadores indiretamente - com a concentração de aquíferos - e diretamente. Uma saída possível, contudo, é o uso de criação de novas tecnologias. Tal recurso já se provou eficaz na agronomia. Essa, com a implementação de sistemas de captação e reutilização de água, reduziu, de 1995 até o contexto vigente, quase a metade do uso de água nova em litros por hectare. Destarte, fica claro que o investimento em novas tecnologias é a solução mais direta e definitiva para o problema. Portanto, o Ministério da Ciência e Tecnologia deve, junto à Agência Nacional de Águas, financiar pesquisas acadêmicas voltadas à economia e eficácia dos recursos hídricos. Outrossim, devem ser tomadas alternativas como produção de energia eólica e até nuclear. Dessa forma, o aporte remanescente de água será suficiente para o abastecimento digno da população.