Título da redação:

Diversificar para salvar

Proposta: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 18/08/2017

Antes da colonização do europeu, na América, povos nativos possuíam complexos e dinâmicos processos de controle quanto à qualidade e à economia da água. Esta realidade primitiva é considerada mais avançada que o contexto atual brasileiro, o qual a racionalização e o controle do consumo da água são praticamente inexistentes, em razão da má gestão do Estado. Com isso, além da própria sociedade, um dos principais afetados é o setor energético, amplamente dependente dos recursos hídricos. A ilusão em torno da abundância de água no Brasil propicia à população e ao Estado o descomprometimento em relação à economia deste recurso natural essencial à vida. Neste sentido, dados do ANA (Agência Nacional de Águas) afirmam que 36,4% da água é desperdiçada no país. Desta forma, fica evidente que a irresponsabilidade quanto ao consumo desmedido deste recurso vai ao encontro com a deficiente gerência de instituições públicas e a incompreensão da comunidade. Deste modo, a matriz energética brasileira, extremamente dependente da água, fica " à mercê " desta ineficiente administração, permitindo, assim, que o setor de energia esteja passível à instabilidades e crises. Face ao exposto, convém ressaltar, como exemplo, a crise energética de 2013, no Sudeste, a partir do baixo índice de água nos reservatórios desta região. Destarte, fica explícito a necessidade da busca por novas fontes de energia que finalizem este pacto restritivo. Diante dos fatos mencionados, é notório a inevitabilidade de mudanças a fim de modificar este cenário dominado pela má gestão. Assim sendo, cabe ao Governo Federal, a partir do Ministério de Minas e Energia, o investimento em fontes de energia renováveis, como a eólica e a solar, como também uma reformulação em relação à fiscalização do consumo de água, aplicando um aumento, na mensalidade dessa, a quem passar um determinado limite de gasto. Somente assim, há a possibilidade de mitificar este cenário, possibilitando que o setor energético se diversifique e, com isso, se torne independente.