Título da redação:

Crise Sem Manejo

Tema de redação: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 06/08/2017

Brasil é um país considerado abundante na questão hídrica, gerando como consequência uma despreocupação na gestão desse recurso, sendo explorado em excesso pelo agronegócio e pela indústria. Entretanto, essa falta de cobrança e planejamento trouxe como impacto uma grande crise no setor hidrelétrico que corresponde a cerca de 68% da matriz energética do país, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Sendo assim, a situação acaba afetando o setor energético que tende a optar por geração de energia menos limpa como as termelétricas. Com a falta de planejamento e o estabelecimento de critérios para orientar as decisões na divisão pelo uso da água, como também não levar em consideração eventos cíclicos, como as secas, ocorre uma crise emergencial no setor hídrico, levando a problemas no setor energético que, devido à falta de investimentos e o atraso das obras, como também o aumento do consumo há um amplo uso de termelétricas o que gera um incremento de agentes poluentes. O governo no meio de uma crise tenta obter uma solução investindo em fontes mais limpas. Como principal incentivo há a energia eólica, solar e de biomassa, que representam cerca de 4,8% do total de energia, afim de depender menos do ciclo de chuvas e da exploração de petróleo. Além disso, a falta de energia acaba por gerar o racionamento dessa energia como também uma onda de apagões nos grandes centros brasileiros, podendo aumentar a 181 registrado desde 2011 à 2014, segundo o Centro Brasileiro de Infra Estrutura. Sendo assim o Brasil precisa ter uma maior preocupação no planejo e fiscalização dos recursos podendo ser criada uma unidade dentro do Ministério de Minas e Energia (MME) especializada para tal função a fim de que haja um maior aproveitamento dos recursos. Além de haver uma maior conscientização da população sobre os gastos de energia, com propagandas que estimulem medidas para diminuir o consumo tanto de água e energia. Por conseguinte, haver um maior investimento para uma maior pesquisa e instalação dessas estruturas em energias alternativas como a eólica, repassando verbas para órgãos competentes como a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica).