Título da redação:

Águas que movem moinhos

Proposta: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 31/07/2017

O músico Guilherme Arantes, na letra de sua canção Planeta Água, da qual se destaca o seguinte trecho: “Águas que movem moinhos, são as mesmas águas que encharcam o chão”, permite uma comparação ao processo de geração de energia hídrica no Brasil. Processo tal que se encontra em sobrecarga e necessita de um replanejamento, dentro dos setores governamentais, bem como pedagógicos, para que possa envolver a sociedade como um todo. É notório que o descaso do Governo Federal na fiscalização de práticas agropecuaristas desenfreadas e a falta de investimentos em energias alternativas têm causado grandes impactos ambientais no país. Hodiernamente, em decorrência disso, é constante os noticiários informarem a alteração no regime de chuvas que causam a estiagem. Ao mesmo tempo exibem obras faraônicas e desnecessárias de novas hidrelétricas a serem construídas, passando a falsa mensagem que desse modo à crise hídrica será resolvida. No entanto, é sabido que antes de serem concluídas causam grande desequilíbrio entre a fauna e flora local. Outrossim, a ausência de conscientização nas escolas, como, por exemplo, falta de debates e escassos investimentos, bem como falta de projetos e campanhas nos grandes centros, fazem a população desinformada gastar energia elétrica e água sem limites. Assim, acaba gerando “apagões”, racionamentos, cancelamento de turnos escolares e de trabalho, causando um enorme prejuízo aos cofres públicos e no final a conta será paga por todos. Em suma, as possíveis soluções para os problemas da má gestão hídrica no setor energético brasileiro estariam no direcionamento de subsídios visando limitar e multar os setores agropecuários que ultrapassem o limite “ideal” de uso da água para uma produção razoável. Por conseguinte, destinar verbas as energias renováveis, tais como eólica, solar e de biomassa, barrando a construção das hidrelétricas e diminuindo consideravelmente os desequilíbrios ambientais. E por fim patrocinar a confecção de cartilhas e projetos de extensão semanais nas escolas, aliados a propagandas na mídia incentivando o uso racional da água e de energias alternativas. Dessa maneira, em médio prazo, resultará em uma população mais controlada e menos preocupada com a crise hídrica e energética brasileira.