Título da redação:

A questão energética do Brasil

Proposta: Os efeitos da má gestão hídrica no setor energético brasileiro

Redação enviada em 23/09/2017

A ameaça iminente de um apagão geral foi uma realidade em 2001, sendo necessária a criação de um plano de contingência, responsável pela implantação de um sistema de racionamento. Quinze anos depois, o setor energético volta a enfrentar dificuldades e, logo, afeta diretamente a vida do brasileiro, que acaba arcando financeiramente com os equívocos do governo. Portanto, faz-se preciso revisar a administração dos recursos hídricos e do setor energético. O aumento no valor da conta de luz em 2017 é consequência da redução em 20% no valor durante o Governo Dilma. Tal redução foi um sinal econômico errado, pois baseando-se na lei da oferta e da procura, foi implementada em um momento no qual a demanda crescia mais do que a oferta. O prejuízo gerado para as distribuidoras foi compensado pelo Tesouro Nacional, entretanto atualmente o governo não pode manter mais tais despesas, logo implementando reajustes a fim de quitar a dívida. Sendo o Brasil um país com 65% de sua matriz energética baseada em energia hidráulica, outro importante fator são os atrasos em obras de usinas e a falta de infraestrutura para tornar a usina funcional, como a construção de linhas de transmissão. Deve-se mencionar também que o modelo de gestão de recursos hídricos atual não é adequado, pois foi baseado no modelo francês que, por sua vez, foi criado para servir um território muito diferente geograficamente do Brasil e que, em relação ao setor energético, tem grande parte de sua matriz baseada em energia nuclear. Pode-se afirmar que a falta de chuvas e o clima atípico nos últimos anos foram responsáveis pela crise energética. No entanto, durante a elaboração do plano de contingência do Governo FHC foi previsto que uma nova crise ocorreria devido aos problemas mencionados e, além disso, a construção de usinas com reservatórios diminuiria a influência do clima sobre a produção. Portanto, a má gestão hídrica e a falta de planejamentos à longo prazo geraram o cenário de crise energética dos últimos anos. É preciso que o Ministério do Meio Ambiente remodele a gestão hídrica de acordo com a geografia do país, que a Eletrobrás acompanhe as obras de usinas para fornecer infraestrutura para a distribuição de energia e que medidas do governo que tangem recursos básicos sejam planejadas à longo prazo com a consulta de especialistas.