Segundo o filósofo Rousseau, "o homem é e faz parte da natureza". Sendo assim, cabe pensar na interpretação de que se fazemos parte da natureza, necessitamos dela e destruí-la, nada mais é que destruir à nós mesmos. No entanto, este tipo de pensamento não se encontra aderido em nossa sociedade que a cada ano vem sofrendo com maiores problemas de escassez de água. Pois, o Estado não tem encontrado medidas eficazes para combater o problema e a sociedade persiste em acreditar que o Brasil é "abençoado" por abundância de recursos hídricos. Posto isto, a OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico, afirmou em um relatório lançado recentemente, que as governanças do país são más gestores de recursos hídricos. No Brasil, é notório o número de projetos de infraestrutura que teriam grande importância para a sociedade, mas que infelizmente não saíram do papel ou apenas estão paralisados em fase inicial. Exemplo disso, é a transposição do rio São Francisco, que teve início em 2007 e estava prevista para ser completada em 2012, porém, ainda não foi concluída e não tem prazos exatos para seu termino. Assim, grande parte da região semiárida do país sofre com a seca e miséria que parece não ter fim. Por conseguinte, ainda habita no imaginário da maioria da população a ideia de que o país possui grande disponibilidade de água potável. Entretanto, o que acontece é que esses recursos estão irregularmente distribuídos pelo território e as ações antrópicas nos últimos como desmatamento, queimadas e poluição tem agravado ainda mais para essa diferença hídrica no país. Em razão de tais agravamentos, cidades como São Paulo tem enfrentado uma das piores crises de água, devido as mudanças climática decorrentes dessas errôneas ações. Com isso, seus moradores estão tendo que racionalizar os pouco recursos que restam. Dessarte, são excludentes os problemas que a má gestão hídrica no setor energético brasileiro vem provocando no âmbito nacional, assim sendo, necessário que instituições como a ANA - Agência Nacional de Águas e MME - Ministério de Mina e Energia fiscalize com maior rigor as ações do Estado no cumprimento de obras ligadas a infraestrutura de tais setores, assegurando para a sua conclusão. Também, cabe ao Governo Federal por meio de campanhas publicitárias nos diversos meios de comunicação, despertar na população a necessidade de racionalizar o uso da água para as diversas atividades do dia-a-dia e não somente em casos de estrema exiguidade.