Segundo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, publicada em 1948, toda criança tem o direito de brincar, ir à escola sem que haja nada que interfira em seu desenvolvimento como criança. No entanto, quando se observa crianças menores de 12 anos se exibindo de forma vulgar em locais públicos, verifica-se que esse ideal universal é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e o problema persiste intrinsecamente ligado à realidade da sociedade. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados, como o aumento do descaso do aprendizado por parte delas e o fácil acesso a conteúdos impróprios disponíveis na internet. É indubitável que essa questão da erotização infantil cause efeitos negativos no ambiente escolar. Comprova-se isso por meio de uma pesquisa feita pelo Instituto de Desenvolvimento Infantil em que 55% das crianças, menores de 12 anos de escolas públicas, têm um baixo rendimento nos estudos. Uma das causas desse fato está ligada ao estilo de vida “descolado” dessas, por acharem que são adultos independentes e que assunto sexual em sala de aula é algo normal para a idade delas. Esse fato atua em um fluxo contínuo e favorece para a formação de um problema social com dimensões cada vez maiores. Dessa forma, vê-se que um dos caminhos para diminuir os efeitos dessa erotização é a orientação dos pais perante o desenvolvimento de seu filho. Outrossim, destaca-se como um fator negativo dentro dessa temática a pedofilia. Uma prova disso está nos vários casos que surgem nas mídias quase que diariamente de pedófilos marcando encontros, colecionando fotos de crianças. Tal situação ocorre devido ao fácil acesso a vários conteúdos na internet, tornando-se, assim, alvo fácil para pessoas mal- intencionadas. Seguindo essa linha de pensamento, observa-se que o problema do livre acesso funciona conforme a Primeira Lei de Newton, a de Lei da Inércia, a qual afirma que um corpo tende a permanecer em movimento até que uma força suficiente atue sobre ele mudando o percurso, o que dificulta a aproximação da realidade em questão. Desse modo, torna-se realmente necessária a mudança do percurso do livre acesso para minimizar esses efeitos. É evidente, portanto, que ainda há entraves para a solidificação de políticas que visem à construção de um mundo melhor. Destarte, a família deve estimular seus filhos a levar uma vida de criança, como brincar, dedicar-se mais aos estudos, com objetivo primordial de diminuir os efeitos da erotização nessa fase de crescimento, e desenvolver atributos inerentes ao seu aprendizado. Isso pode ser feito por meio do diálogo, orientando e acompanhando. Uma outra medida é o Governo Legislativo criar uma lei que obrigue os provedores de banda larga a oferecer pacotes de acesso aos clientes, dando-lhes suporte, também, com senha ao acesso de determinados conteúdos, agindo conforme a força descrita por Newton, mudando o percurso do problema. Logo, poder-se-á afirmar que uma pátria consciente se adequa de forma exitosa aos princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos.