Título da redação:

Redação sem título.

Proposta: Os efeitos da erotização infantil no Brasil

Redação enviada em 28/05/2018

O Estatuto da Criança e do Adolescente é a legislação que define e regulamenta os direitos infantis e acabe aos Conselhos Tutelares garantir seu cumprimento. Contudo, o direito à infância tem sido ignorado por muitos ao expor crianças a cenas de sexualidade ou incentivar comportamentos adultos, tal fato gera consequências, como a erotização infantil. Permitir que as crianças tenham contato com filmes, novelas, programas ou músicas que não condiz com sua faixa etária pode abrir brechas para uma erotização infantil, visto que por estarem ainda em fase de formação são facilmente influenciados pelos apelos sexuais. Por consequência, criar uma geração que irá crescer achando normal a objetificação do corpo feminino. Exemplos como o “Programa do Raul Gil” em que crianças cantam e dançam músicas de funk e sertanejo, em que possuem uma letra de duplo sentido aliado a uma sexualização, muitas vezes não compreendido pelo jovem, mas incentivado pelos adultos. É preciso perceber, ainda, que pode gerar outros problemas como a prostituição infantil, devido uma sexualidade precoce. Como acontece no filme “Sonhos Roubados” em que uma das personagens, por falta de estrutura familiar, fica grávida na adolescência e ainda se submete a prostituição. Entretanto, há uma outra personagem que apesar de possuir uma família é abusada pelo padrasto. Portanto, tomando o filme como exemplo a falta de um processo educativo inibindo essa erotização dificulta que o jovem quando mais velho identifique de forma clara formas de abuso contra ele. De acordo com Pierre Bourdieu, “o gosto cultural é produto e fruto de um processo educativo, ambientado na família e na escola.” Desse modo, é possível perceber que a erotização infantil, problema que afeta a sociedade atual, possui a família como peça essencial para direcionar a educação dos jovens, porém, na falta desse é obrigação do Estado proteger os menores. Para isso é importante que ONGs, desenvolvam palestras para orientar os pais a discutir a sexualidade, mas sem uma erotização. A escola, por sua vez, pode por meio das aulas de biologia tirar dúvidas dos jovens. O Conselhos Tutelares devem facilitar as denuncias de abusos por meio canais de comunicação, com a criação de aplicativos.